Universidades

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As universidades, sobretudo as públicas, mantêm grupos e linhas de pesquisa regulares, nos quais, sob orientação de docentes, participam doutorandos, mestrandos e até mesmo graduandos de programas de iniciação científica. Saiba mais sobre o panorama das universidades brasileiras e sua atuação em pesquisas e inovações. 

O Brasil conta hoje com um amplo e descentralizado sistema de educação superior. No total, o país possui 2.457 instituições de ensino superior, que oferecem41.953 cursos de graduação em todas as regiões. Os dados constam no Censo da Educação Superior 2020, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e peloInstituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em fevereiro de 2022. Segundo olevantamento, há 304 instituições públicas de ensino superior e 2.153 privadas no Brasil. 

De acordo com sua organização acadêmica, as instituições se dividem em universidades, centros universitários, faculdades einstitutos federais. Elas podem ser públicas ou privadas, vinculadas aos governos federal, estadual ou municipal. 

As universidades se caracterizam pela indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Elas são instituições acadêmicas pluridisciplinares, que produzem conhecimento intelectual institucionalizado. Para tanto, devem seguir alguns requisitos do Ministério da Educação (MEC), como ter, no mínimo, um terço do corpo docente atuando em regime integral e um terço de mestres e doutores. 

Já os centros universitários abrangem uma ou mais áreas do conhecimento, mas, neles, não é obrigatória a realização de pesquisa institucionalizada. As faculdades são instituições que oferecem cursos superiores em apenas uma área do conhecimento e compõem as universidades, os centros universitários ou são independentes. 

Os institutos federais são unidades voltadas à formação técnica, com capacitação profissional em áreas diversas. Oferecem ensino médio integrado ao ensino técnico, cursos técnicos, cursos superiores de tecnologia, licenciaturas e pós-graduação. 

Com relação às instituições privadas, elas podem ter, ou não, finalidade lucrativa. Entre as que não possuem este objetivo,estão as comunitárias, filantrópicas ou confessionais.

Em todos os 27 Estados, há universidades federais e estaduais. Vale lembrar que o Brasil não possuía nenhuma instituição de ensino superior até o início do século XIX.Após a Independência do Brasil, surgiram as primeiras escolas superiores, isoladas, sem status de universidade e de orientação profissionalizante, especialmente nas áreas de direito, medicina e engenharia. A Universidade de São Paulo, uma das mais importantes do país, foi fundada em 1934.

Números e Estatísticas

O número de estudantes universitários aumentou bastante no Brasil após a criação do ProUni. É o programa do Ministério da Educação que concede bolsas de estudo a alunos brasileiros no ensino superior. As bolsas podem ser integrais ou parciais de 50% em instituições privadas de educação superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica. 

OCenso de Educação Superior2020, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostra que o número de ingressos continua estável nas instituições privadas. Além disso, o material comprovou que 87,6% das instituições de educação superior no Brasil são privadas. Outro dado relevante é que, das 2.457 instituições de educação superior do Brasil, 77% são faculdades.  Confira todos os números e estatísticas referentes ao último Censo de Educação Superioraqui.

Rankings

De acordo com a avaliação do QS World University Ranking 2022, o Brasil é o país da América Latina com o maior número de universidades mundialmente reconhecidas. Entre as melhores universidades da América Latina, o Brasil aparece com duas entre as 10 melhores, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 

Desta vez, 35 instituições de ensino brasileiras foram incluídas no ranking, oito a mais que na edição anterior. Embora o Brasil tenha o maior número de universidades reconhecidas na América Latina, nenhuma delas figurou entre as 100 melhores do mundo. 

A USP alcançou a melhor posição com 121º lugar, seguida pela Unicamp (219º lugar) e UFRJ (369º lugar). A USP está há anos entre as primeiras do país e manteve sua posição em relação ao ranking do ano anterior. 

As instituições são classificadas usando seis indicadores: posição acadêmica, reputação de empregabilidade, citações por universidade, proporção de professores por aluno e número de professores e alunos internacionais. 

Já noranking da revista inglesa Times Higher Education (THE) de 2022, publicado em setembro de 2021, a USP aparece como a melhor universidade latino-americana, classificada na mesma posição do ano passado, no grupo de 201-250, a segunda melhor universidade brasileira no ranking é a Unicamp, classificada no grupo de 401-500. Ao total, 70 universidades brasileiras integram o ranking que soma 1.662 universidades de todo o mundo. 

De acordo com oRanking Xangai 2021 (Academic Ranking of World Universities – ARWU), a USP se manteve como a melhor universidade do Brasil na posição 101-200. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) empata na segunda posição com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que se encontram na faixa das 301ª a 400ª colocadas. 

Esse ranking é elaborado com base em seis parâmetros que incluem, entre outros, quantidade de prêmios Nobel e Medalha Fields, número de trabalhos de pesquisa em publicação de primeiro nível e quantidade de vezes que os pesquisadores de cada universidade são citados em trabalhos de suas disciplinas. 

NoRanking Universitário Folha (RUF) 2019, a USP ficou em primeiro lugar, com 98,02 pontos, e a Unicamp em segundo, com 97,09 pontos. As outras oito instituições são: UFRJ (97,00), UFMG (96,72), UFRGS (95,68), Unesp (92,67), UFSC (92,58), UFPR (92,02), UnB (91,21) e UFPE (89,77). 

Realizado anualmente pelo jornal Folha de S. Paulo, o ranking deste ano contemplou 197 universidades do Brasil e considera indicadores de ensino, mercado, pesquisa, internacionalização e inovação.