Diretores de Institutos Max Planck ganham mais uma vez prêmios Nobel de Física e Química

Modelo que ajuda a compreender mudanças climáticas e ferramenta capaz de atuar na construção molecular garantem prêmios Nobel de Física e Química aos representantes da instituição alemã, cooperadora do DWIH São Paulo. 

Klaus Hasselmann e Benjamin List, diretores de institutos da Sociedade Max Planck, ganharam, respectivamente, os Nobel de Física e Química de 2021. Os prêmios cedidos aos cientistas alemães também foram compartilhados com outros pesquisadores.

Este é o segundo ano consecutivo que cientistas das instituições Max Planck recebem a láurea nas categorias citadas. No ano passado, Emmanuelle Charpentier, diretora da Unidade de Pesquisa para a Ciência de Patógenos, e Reinhard Genzel, diretor do Instituto de Física Extraterrestre, conquistaram o Prêmio Nobel de Química e Física 2020, respectivamente.

“Quatro prêmios Nobel em apenas dois anos para os cientistas do Max Planck são um testemunho de nosso conceito de sucesso baseado em grande liberdade científica e recursos suficientes garantidos a longo prazo”, disse Martin Stratmann, presidente da  Sociedade Max Planck, em nota divulgada no site da instituição. “Atualmente, vivemos um apogeu da ciência alemã, da qual todos podemos nos orgulhar”, completou.

Modelos físicos que ajudam a compreender as mudanças climáticas

O climatologista Klaus Hasselmann ganhou o Nobel de Física pela criação de um modelo físico que liga tempo e clima. Atualmente, os métodos criados por ele têm sido usados para provar que o aumento da temperatura na atmosfera é devido às emissões humanas de dióxido de carbono.

O cientista divide o prêmio Nobel de Física com o japonês Syukuro Manabe e o italiano Giorgio Parisi. Manabe também recebeu a laúrea por trabalhos que ajudam a compreender sistemas físicos complexos ligados às mudanças climáticas. Já o físico italiano ganhou o prêmio por suas contribuições “revolucionárias” à teoria de materiais desordenados e processos aleatórios.

Hasselmann foi o diretor fundador do Instituto Max Planck de Meteorologia (MPI-M) e hoje é considerado diretor emérito da instituição. No último trimestre de 2021, um evento do projeto Klimapolis ,uma cooperação bilateral entre Brasil e Alemanha, ligada ao Instituto Max Planck de Meteorologia (MPI-M), debaterá também questões ligadas às mudanças climáticas.

Impactos em produtos menos poluentes

Benjamin List, diretor do Instituto Max Planck para Pesquisa de Carvão, foi homenageado com o Prêmio Nobel de Química de 2021, juntamente com David MacMillan da Universidade de Princeton, pelo trabalho em catálise assimétrica da dupla.

Os químicos conquistaram o prêmio “pelo desenvolvimento de organocatálise assimétrica”, que consiste em uma ferramenta capaz de atuar na construção molecular. A invenção teve um grande impacto no desenvolvimento de novos medicamentos e produtos químicos menos poluentes.

O alemão Benjamin List, de 53 anos, é o diretor do Instituto Max Planck para a Pesquisa do Carvão, instituição criada há mais de 100 anos e que atualmente se dedica à pesquisa da catálise. O britânico David MacMillan, também de 53 anos, é pesquisador da Universidade de Princeton, nos EUA.

Sobre a Sociedade Max Plank

Criada em 1948, a  Sociedade Max Planck para a Promoção da Ciência é uma das organizações líderes em pesquisa no mundo. Com seus atuais 83 institutos e instalações de pesquisa, mais de 5.500 cientistas e mais de 7.600 doutorandos, pós-doutorandos, estudantes assistentes e cientistas visitantes realizam pesquisa básica em ciências naturais, ciências da vida e humanidades. Seus institutos possuem reputação internacional e atraem pesquisadores de ponta de todo o mundo.

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