Schwamborn, primeiro diretor do DAAD no Brasil, morre aos 82 anos

Com grande pesar a equipe do DAAD no Brasil informa o falecimento do fundador e ex-diretor do escritório regional no Rio de Janeiro, Dr. Friedhelm Schwamborn, ocorrido no dia 6 de outubro, aos 82 anos. A notícia trouxe tristeza a inúmeros amigos e companheiros no Brasil e pelo mundo. A foto é um registro de 2002 e mostra o Dr. Friedhelm Schwamborn (em primeiro plano) com a equipe do escritório regional do Rio de Janeiro

Schwamborn iniciou a relação com o Brasil em sua juventude: entre 1968 e 1972, ele foi professor leitor do DAAD na Universidade Federal do Ceará. Pouco depois, em 1972, com grande habilidade diplomática, fundou o escritório regional do DAAD no Rio de Janeiro. Essa contribuição pioneira, que em breve completará 50 anos, é até hoje lembrada. Não é exagero algum afirmar que ele era conhecido no Brasil por todas as pessoas de sua geração interessadas no intercâmbio internacional nos âmbitos universitário e científico. Da mesma forma, pode-se dizer que, em todos os cantos do grande território brasileiro por onde ele passou, ganhou o respeito e a estima de todos, além de conquistar com sua marcante personalidade uma reputação até hoje lembrada.

Schwamborn retornou ao Rio de Janeiro para dirigir o escritório que ele próprio fundara em dois períodos: entre 1990 e 1995 e depois já no final de sua carreira, entre 2000 e 2004. Nesse intervalo ele desempenhou variadas funções de grande responsabilidade na central do DAAD em Bonn, sendo a última delas a posição de Secretário-geral adjunto.

Todos que tiveram a oportunidade de conhecer Friedhelm Schwamborn se impressionavam com sua personalidade – ninguém ficava indiferente aos seus efeitos. Sua trajetória esteve ligada ao DAAD por toda a vida, assim como ao Brasil e à América Latina, onde se sentia tão em casa quanto na Alemanha. Ele contribuiu enormemente para a cooperação acadêmica e científica entre Brasil e Alemanha, era muito querido no país parceiro e sempre foi para os então jovens colegas do DAAD como eu um exemplo admirável a seguir. Certamente nós não o esqueceremos. Preservaremos sua memória e nos esforçaremos para seguir cultivando a contribuição de uma vida inteira de Friedhelm Schwamborn, o intercâmbio acadêmico entre a Alemanha e o Brasil, como seria o desejo dele.

Dr. Jochen Hellmann