Educação e ciência brilham na categoria “Alemanha” do Startups Connected

A startup alemã Re:edu, uma spin-off do Instituto de Geoinformática da Universidade de Münster, é a vencedora da categoria “Alemanha” do Programa Startups Connected, uma iniciativa do DWIH São Paulo e da AHK São Paulo.

A Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo) e seus parceiros anunciaram em 2 de outubro, na capital paulista, os vencedores do Prêmio Startups Connected, que tem o objetivo de reconhecer startups com soluções inovadoras para desafios propostos por grandes empresas e apoiadores da iniciativa. Foram premiadas dez startups brasileiras, que entrarão para o Programa de Aceleração Startups Connected da AHK São Paulo, além da startup alemã Re:edu, cuja categoria foi financiada pelo Centro Alemão de Ciência e Inovação São Paulo (DWIH São Paulo).

Fundada em março de 2018, a Re:edu, uma spin-off do Instituto de Geoinformática da Universidade de Münster destacou-se na categoria por desenvolver conceitos, produtos (software e hardware) e workshops sobre tópicos como educação digital, ciência cidadã, código aberto / dados abertos e monitoramento ambiental. Seu principal produto, o SenseBox, baseia-se nos resultados de pesquisas de um projeto financiado pelo Ministério Federal da Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF).
“Com o uso de microcontroladores e sensores em oficinas para crianças e adolescentes, tivemos uma experiência muito boa no que diz respeito ao ensino de programação. Essas experiências vinculadas à ideia de uma plataforma cidadã de ciência com base na internet das coisas, levaram à criação do SenseBox e do seu ecossistema”, explicou Björn Guntermann, diretor de Educação da Re:edu.

Michael Harms, diretor de Comunicação do DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico) e responsável pela rede DWIH, entregou o prêmio a Guntermann. “O DWIH São Paulo financia para o vencedor da categoria ‘Alemanha’ um programa de uma semana de duração com direito a reuniões com pesquisadores, potenciais clientes, fornecedores, investidores e parceiros, além de muitas outras atividades como visitas a instalações de pesquisa e parques tecnológicos brasileiros. Dessa forma, o vencedor tem acesso a um novo mercado e, ao mesmo tempo, apoio à internacionalização”, explicou Harms sobre os benefícios da premiação.

Guntermann comentou estar muito realizado com o prêmio e oportunidades em sua primeira vinda ao Brasil, apesar de já ter tido contato com o país. “Já tínhamos vínculos com São Paulo através de nossas relações estreitas com a WWU Münster, cooperadora do DWIH São Paulo. Porém, o que mais nos estimulou a participar da competição foi o fato de podermos estreitar contatos no Brasil, além, lógico, da notoriedade e visibilidade”, declarou.

Em entrevista ao DWIH São Paulo (leia aqui na íntegra), Harms reforçou a importância de participar ativamente de iniciativas com startups, potencializando a ponte bilateral do conhecimento e da inovação.  “As startups científicas recebem atenção especial do DWIH porque constituem elementos importantes em um ecossistema de inovação. As empresas iniciantes fornecem a transferência direta de conhecimento de pesquisa para a cadeia de valor agregado. Nessa área – transferência de tecnologia, promoção de startup e utilização de conhecimento – podemos aprender muito uns com os outros em uma cooperação internacional”, enfatizou.

Explorando o ecossistema de inovação brasileiro

“Durante a semana, conheci representantes de várias instituições de ensino e também apresentei nosso projeto a órgãos oficiais. Estou no Brasil pela primeira vez e fiquei impressionado, principalmente, com a cidade de São Paulo”, comentou Guntermann.

No roteiro, muitas visitas, conversas e networking enriqueceram a vinda de Björn Guntermann ao Brasil. Em São Paulo,  no dia 30 de novembro, ele teve um encontro  com Marcelo Milani, coordenador do setor de Tecnologias da Educação do Colégio Humboldt e, na sequência, uma reunião com o secretaria de Educação do Município de São Paulo,  Daniel de Bonis.

No dia seguinte, no Sesc Sorocaba encontrou-se com Bruno Melnic, corresponsável pelo setor de Educação para Sustentabilidade e participou de atividades do DWIH São Paulo. No dia 2 de outubro, foi o momento de vivenciar o Congresso de Inovação e receber oficialmente o prêmio na categoria “Alemanha” do Programa Startups Connected. Ainda entre as atividades, aconteceu uma reunião com Miguel Chaves, CEO da Startup Naveavela, especializada na concepção e montagem de laboratórios para escolas.

Uma viagem para São Luís (MA) também fez parte do roteiro. No IFMA (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão), ele reuniu-se com Natilene Mesquita Brito, pró-reitora de pós-graduação de Inovação e com Virginia Freire,  diretora de Relações Internacionais. No dia 7 de outubro, na UFMA (Universidade Federal do Maranhão), conversou com Leonardo Teixeira Dallagnol, professor do programa de pós-graduação em Saúde e Ambiente.

Veja abaixo as startups que ficaram em primeiro lugar em cada desafio ou categoria

  • Categoria Alemanha (DWIH São Paulo): Re:edu
  • Cadeia Produtiva 4.0 (Volkswagen): Forsee
  • Data Farming (Bayer): TCX
  • Digitalização de Processos Produtivos (Siemens): ProHauser
  • Economia Circular (BASF): Biosolvit
  • Eficiência Energética Industrial – GIZ (Agência Alemã para Cooperação Internacional): Biohack
  • Jornada do Paciente (Hospital Alemão Oswaldo Cruz): Laura
  • Inovação em Papel e Celulose (Voith): Peerdustry e Pix Force
  • Mobilidade Urbana Sustentável – Ministério Alemão de Meio Ambiente, Preservação da Natureza e Segurança Nuclear (BMU): Origem
  • TravelTech (Lufthansa): Oktoplus Fidelidade